Bárbara Bela - Alvarenga Peixoto
Foto: Ricardo Correia de Araújo
Bárbara bela,
do Norte estrela,
que o meu destino
sabes guiar,
de ti ausente,
triste, somente
as horas passo
a suspirar.
Isto é castigo
que Amor me dá.
Por entre as penhas
de incultas brenhas
cansa-me a vista
de te buscar;
porém não vejo
mais que o desejo,
sem esperança
de te encontrar.
Isto é castigo
que o Amor me dá.
Eu bem queria
a noite e o dia
sempre contigo
poder passar;
mas orgulhosa
sorte invejosa
desta fortuna
me quer privar.
Isto é castigo
que o Amor me dá.
Tu, entre os braços,
ternos abraços
da filha amada
podes gozar.
priva-me a estrela
de ti e dela,
busca dois modos
de me matar.
Isto é castigo
que Amor me dá.
Um dos poema que mais gosto de declamar em minhas apresentações.
ResponderExcluirMuito bom gosto, Jorge. Realmente este poema é um dos mais belos na poesia árcade. Obrigada pela visita!
ResponderExcluirÉ a bem da verdade um poema magnifico e eu o dedico a vc meu amor...minha querida Daniele Maria...
ResponderExcluirE viva o amor! Há de sempre existir musas, ninfas, deusas...
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ResponderExcluirA poesia é linda mais a história dela é trágica. Barbara Heliodora, também poetisa, era esposa de Alvarenga Peixoto. Deportado para Angola por envolver-se com a Inconfidência mineira, escreveu lá essa poesia. Morreu no exílio, sem rever a família. Barbara enlouqueceu e faleceu pouco depois de depressão. Quanto à filha, Maria Efigênia, chamada por ele de "Princesinha do Brasil". após forte crise de depressão diante da desgraça que caiu sobre a família, veio a suicidar-se. (alguns autores afirmam que a morte dela se deu devido a uma queda sofrida enquanto cavalgava).
ResponderExcluirConhecíamos a história até a morte da Bárbara Heliodora... Muito obrigada pela sua contribuição Fernando Portes. Volte sempre. Abraço
ExcluirMinha mãe aos 90 anos declamou pra mim esta poesia,por isso vim pesquisar, estou impressionada ela declamou na integra sem faltar uma palavra, a poesia é mesmo linda.
ResponderExcluirEssa postagem é de 2010, porém, depois de cinco anos, 2015, a Desembargadora Dra. Mônica Sifuentes lança livro dedicado a estes dois inconfidentes - José Inácio de Alvarenga Peixoto e sua musa, Bárbara Heliodora, também poetisa. Encontramos essa resenha que ajuda ilustrar essa postagem e incentivar novos leitores para essa bela e instigante história. Clique no link:
ResponderExcluirhttps://leiturasdalee.wordpress.com/2015/04/25/resenha-um-poema-para-barbara-3/
E
Eu adoro poder declamar esse poema nas horas vagas com um colega. É uma delicia declamar Barbara bela até na rua quando to andando eu começo a falar versos dessa poesia
ResponderExcluirhttps://tudoinfoco.wordpress.com/